Boa noite ^^
Bem... cá venho eu postar mais uma One Shot ^^
Esta é de twincest... e sinceramente eu gosto muito dela *-*
Espero que vocês gostem tambem ^.^
Enfim... hoje fui "às compras" ao forum Montijo... fui comprar roupinha quente porque amanhã vou à Serra da Estrela *.*
Portanto amanhã vai ser impussivel eu vir ao pc... --'
Hoje também, finalmente, fui comprar o livro "Lua Nova" da saga Luz e Escurião (do Crepusculo) *-*
OMG! Eu já não aguentava a ansiedade e a curiosidade x)
É verdade, matem-me, mas eu tive uma ideia para mais uma fic... não sei se já repararam ali nas fic's que estão para brevemente, na barra lateral, mas ta la uma nova... chama-se "The king of the road" e já tá a ser escrita *-*
Já vai para o capitulo 2... o Tom é o protagonista, a história passa-se em Espanha e tem a ver com corridas de carros... Foi o filme que deu na sexta feira à noitinha que me deu a ideia para esta fic... o filme "Velocidade Furiosa - Ligação a Tóquio"... AMEI aquele filme *.*
Anyway... é melhor passar já à One Shot... tenho de sair do pc, ir jantar e ir pa caminha porque amanhã tenho de levantar bem cedinho --'
Beijos...
_________________________________________
Como sempre, estou sozinho no refeitório da escola a almoçar. A comida é horrivelmente má, mas eu não me queixo. Sinceramente nem como, limito-me a olhar a comida durante algum tempo até tocar para a entrada.
Mas desta vez já não tenho aulas à tarde. Portanto não sei quando vou sair daqui.
Depois de algum tempo pego no copo de água e levo-o à boca. Mas é então que de repente alguém empurra o copo contra a minha cara. Resultado: molhei-me todo!
Poiso o copo no tabuleiro e olho para a pessoa à minha frente.
Tom – Então Billy? Já nem beber água sabes? – ele e os seus amigos começaram-se a rir.
Ignoro-o e levanto-me. Pego no tabuleiro e dirijo-me ao carrinho para o arrumar, mas é então que de repente, a mesma pessoa que me molhou, faz-me uma rasteira fazendo-me cair redondo no chão.
Viro-me e olho para cima, lágrimas começam a invadir os meus olhos.
Tom – És tão patético. – riu-se.
Eu – Mas o que é que tu queres? – levantei-me, começando a sentir as lágrimas a escorrerem-me pelo rosto incontrolavelmente. – Para que é que fazes isto comigo? Eu sou teu irmão!
Tom – Não, não és. Na minha família não existe espaço para paneleiros. Odeio-te. – disse friamente.
Eu – Eu… por mais que tu me digas isso eu não te consigo odiar. – gritei desesperadamente. – Tu não percebes que lentamente me estás a matar por dentro. – dirijo-me à minha cadeira, pego na minha mochila e saio dali a correr.
Acabo por sair da escola e ir ter a uma praia deserta. Continuo a correr até que tropeço e caio na areia.
Eu – Porquê Tom? – começo a soluçar devido ao choro. – Porquê? Tu prometes-te. Tu prometeste-me que nunca me irias deixar.
(Memórias)
Bill – Tommy. – o pequeno menino loiro sentava-se ao lado de outro rapaz, incrivelmente idêntico a si, começando a olhar o mar tal como ele.
Tom – Sim Bill? – questionou-o olhando-o.
Bill – Nunca me vais deixar pois não?
Tom – Que pergunta é essa mano?
Bill – Responde. – pediu olhando-o também.
Tom – Claro que nunca te vou deixar.
Bill – Prometes?
Tom – Prometo. – inclinou-se na direcção do irmão, dando-lhe um leve e rápido beijo nos lábios, selando assim a sua promessa.
Bill – Algo me diz que isto não está certo. – Bill parecia preocupado.
(Fim das memórias)
Eu – Aquela promessa… tu mentiste-me. – gritei em total desespero na última palavra. – Todas as tuas promessas foram falsas. – disse já com a voz rouca.
Levanto-me a muito custo e caminho pela praia. De vez em quando coço a cabeça tentando tirar toda a areia que se infiltrou no meu cabelo, mas acabo por desistir, chegando à conclusão que só irá sair toda com um bom banho. Mas não me apetece ir para casa agora.
Caminho sem um destino pré-definido. Em cada rocha por que passo uma recordação reside nela. E todas essas recordações são sempre com a mesma pessoa.
Acabo por chegar a uma rocha extremamente especial. Foi aqui. Foi aqui que demos o nosso primeiro beijo. Na altura éramos crianças, não tínhamos a noção do erro que estávamos a cometer. Mas sabíamos que o que sentíamos era verdadeiro.
(Memórias)
Tom – Billy. Confias em mim? – questionou-o olhando-o nos olhos.
Bill – Claro. – sorriu. – Mas porque perguntas?
Tom – Eu… eu gostava de experimentar uma coisa. – corou levemente.
Bill – O que é? – perguntou curioso.
Tom – Sabes que eu… que eu te amo não sabes? – corou ainda mais.
Bill – Sei. – riu-se. – Eu também te amo.
O silêncio começou a reinar naquele local. Tom foi-se aproximando cada vez mais do irmão. Ao sentir a respiração do irmão contra os seus lábios, Bill fechou os olhos. E Tom foi no mesmo caminho. Os lábios colaram-se e um pequeno arrepio percorreu os seus corpos.
(Fim das memórias)
Aquele foi o nosso primeiro beijo, o nosso primeiro erro.
Ele disse que me amava, ele disse que nunca me iria magoar! E era tudo mentira.
Eu – Mas porque é que eu não te consigo odiar? – gritei, e lágrimas voltaram a escorrer pelo meu rosto. – Porquê? – a minha voz suou rouca.
Acabo por decidir voltar para casa.
- Porque demoras-te tanto tempo a chegar a casa meu filho? – a minha mãe perguntou preocupada.
Eu – Apeteceu-me ir dar uma volta.
Dirigi-me para a sala, dando de caras com o Tom, sentado no sofá a ver televisão.
Petrifiquei a olha-lo. Até que ele se deu conta da minha presença e desviou o olhar da televisão.
Eu – Eu… mãe, eu vou para o meu quarto e não quero ser incomodado. – disse rapidamente e subi as escadas a correr.
Entro no meu quarto e mando-me para cima da cama.
Eu – Eu amo-te tanto meu irmão. – choro em silêncio, começando a soluçar. – Mas tanto. – de repente oiço baterem à porta e chamarem por mim.
Tom – Oh, paneleiro. A mãe chamou para jantar. – a voz rude e fria dele estilhaçou-me o coração.
Eu – Não quero saber. Não tenho fome, vai-te embora, desaparece da minha vida. – atirei violentamente com uma almofada à porta, criando um pequeno estrondo.
Tom – Como queiras. – simplesmente foi-se embora indiferente.
Gritei em puro desespero, e outra memória invadiu a minha mente. Noutra altura ele teria insistido, teria ficado preocupado e quereria me apoiar.
(Memórias)
Tom – Bill mano, deixa-me falar contigo. – batia na porta várias vezes.
Bill – Vai-te embora. Não quero falar contigo. – gritou enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.
Tom – Eu não saio daqui enquanto não falarmos Bill. Desculpa, eu sei que fui um estúpido em te ter dito aquilo, desculpa. – uma lágrima escorreu pelo seu rosto. – Eu amo-te meu irmão, por favor perdoa-me. – suplicou.
Bill levantou-se da sua cama e caminhou até à porta, abrindo-a de seguida. Ao fazê-lo deparou-se com um Tom triste, arrependido e choroso. Só em frente a Bill, Tom era capaz de chorar verdadeiramente.
Sem dizer uma única palavra apenas se abraçaram.
Tom – Desculpa. – pediu mais uma vez.
(Fim das memórias)
Eu – E eu perdoei-te. – murmurei para mim mesmo.
Levantei-me e dirigi-me à secretária, começando a escrever uma carta de… despedida.
“Tom,
vou ser breve nesta carta. Pois não te quero maçar com isto, visto que para ti eu agora sou apenas um fardo e a pessoa que tu, pelo menos, dizes odiar.
Decidi que para mim já chega. Estou farto de ser mal tratado, tanto verbalmente como fisicamente e emocionalmente.
Simplesmente já não consigo viver mais assim.
Tu estás a matar-me lentamente por dentro, mas parece que para ti isso é indiferente.
Então tomei uma decisão. Vou sair da tua vida para sempre, de uma vez por todas. É isso que tu queres não é? Então será feita a tua vontade.
Já me matas-te por dentro. Agora só falta a parte de fora.
Lembras-te de quando tu disses-te que se eu caísse ias atrás de mim? Pois eu neste momento acho que já não o farás. O teu orgulho é demasiado grande. Ainda gostava de saber o que te levou a mudares tanto.
De qualquer maneira, se tu me quiseres impedir de fazer o que tanto tenho evitado de fazer, por causa da esperança que tinha em que tu um dia poderias voltar para mim, digo-te que estou naquele penhasco que tanto marcou as nossas vidas. Só te peço que não me impeças se depois for para continuares a matar-se interiormente.
Apesar de tudo quero que saibas que te amo mais que à minha própria vida. E que mesmo que me odeies, por um motivo que eu desconheço, por mais que tu me o digas eu não te consigo odiar. Só tenho pena de não me poder despedir de ti.
Amo-te,
do teu irmão Bill.”
Levantei-me da secretária e deitei-me na minha cama. Passado algum tempo acabo por adormecer.
…
Acordo bastante cedo. Muito cedo mesmo, o sol ainda nem nasceu.
Levanto-me e troco de roupa. Pego na carta, saio do quarto e dirijo-me ao do Tom.
Ao entrar deparo-me com ele a dormir ainda vestido na sua cama.
Tenho de me despachar. Ele quando adormece vestido acorda sempre bastante cedo.
Dirijo-me até à beira da sua cama e coloco a minha carta em cima da mesa-de-cabeceira. Olho-o e uma lágrima escorre pelo meu rosto pálido. Inclino-me e dou-lhe um leve beijo nos lábios. Será esta a última vez que irei sentir a sua textura?
Eu – Amo-te. – sussurro-lhe ao ouvido num tom doce.
Saio daquele quarto rapidamente e de seguida abandono também a minha casa.
Caminho pelas ruas ainda semi-eluminadas pelo sol-nascente.
Depois de alguns minutos chego finalmente ao local pretendido.
(Memórias)
Tom – Bill tem cuidado, olha que cais.
Bill – Deixarias-me cair?
Tom – Claro que não. – aproximou-se do irmão ficando frente a frente com este. – Nunca.
Bill – Prova-o!
Tom – Fecha os olhos. – pediu sorrindo.
Bill acedeu ao pedido do irmão e fechou os olhos, suspirando de seguida.
Tom começou a dar passos normais para trás até à ponta do penhasco. Contando no total 13 passos. Depois voltou para junto do irmão.
Tom – Não abras os olhos. – pediu. – Agora dá 13 passos em frente.
Bill – Tens a certeza? – perguntou a medo.
Tom – Confias em mim?
Bill – Eu confio-te a minha vida Tom. – sorriu.
Tom – Então… avança. – saiu da frente dele colocando-se a seu lado.
Bill começou a andar em passos lentos. Contando em voz alta.
Bill – Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez… - parou.
Tom – Amo-te Bill. – e com esta simples frase Bill decidiu continuar.
Bill – Onze, doze, treze. – respirou fundo e abriu os olhos.
Lá em baixo as ondas batiam violentamente nas rochas. E Bill estava mesmo na ponta do penhasco, bastava mais um passo e era o seu fim.
Tom – Eu nunca te deixaria cair Bill. – sorriu.
Bill apenas deu um passo atrás, virou-se e correu até ao seu gémeo, abraçando-o de seguida.
Bill – Amo-te. – sussurrou-lhe.
(Fim das memórias)
Caminhei até à ponta do penhasco e recuei 13 passos para trás.
Respirei fundo e fechei os olhos, começando a andar.
Eu – Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze… – respiro fundo mais uma vez. – Qua…
- Pára! – oiço uma voz atrás de mim. – São apenas treze Bill. – ouvi um soluço.
Viro-me e deparo-me com Tom a chorar. Olhando-me com ar arrependido. Ele começa a aproximar-se de mim a passos lentos e apressados ao mesmo tempo.
Eu – Amo-te. – sorri-lhe e deixei-me cair para trás, sentindo-me voar.
Mas de repente sinto o meu pulso ser agarrado e ser puxado com força, acabando por me fazer cair em cima de um corpo quente e idêntico ao meu.
Eu – Porquê Tom? – perguntei num sussurro entre soluços e lágrimas.
Tom – Desculpa. – murmurou.
Eu – Diz-me só porquê? Porque é que me odeias?
Tom – Eu não te odeio. – gritou desesperadamente.
Eu – Então porque me fazes isto? O que sentes por mim afinal? – olhei-o nos olhos.
Tom – Eu não posso. – desviou a cara e olhou o chão. – Não posso. – repetiu num sussurro
Eu – Porquê? – quis gritar, mas a minha voz simplesmente saiu como um grito rouco. – Diz-me de uma vez por todas, porquê?
Tom – Tenho medo. – voltou a olhar-me.
Eu – Mas tens medo do quê? – perguntei confuso.
Tom – Tenho medo da traição. Tenho medo que com o passar do tempo os teus sentimentos mudem. Eu já não sou aquela criança de 10 anos que acreditava que isto podia durar para sempre.
Eu – E porque mudas-te de ideias?
Tom – Eu… eu um dia decidi falar com a mãe. Tinha curiosidade em saber o porquê de ela e o pai se terem separado. Ela disse que a causa tinha sido por o amor entre eles ter acabado. Disse também que nenhum amor é eterno.
Eu – Tom. Diz que me amas. – pedi quase em desespero.
Tom – Para quê?
Eu – Preciso de voltar a viver. Por favor Tom, diz que me amas. – supliquei.
Ele ficou em silêncio, apenas a olhar-me. Fechei os olhos com força e baixei a cabeça, recomeçando a soluçar. Não sei se vou aguentar isto por muito mais tempo.
Tom – Eu… - olhei-o com os olhos marejados. – Amo-te.
Eu – Eu não quero que o digas por obrigação.
Tom – Amo-te. – repetiu. – Não estou a dize-lo por obrigação. Estou a dize-lo porque é o que sinto.
Eu – Então se me amas… porque me fazes isto?
Tom – Eu tenho medo que o nosso amor acabe. Eu sempre que queria te abraçar lembrava-me das palavras da mãe. E a cobardia apoderava-se de mim, aliando-se ao medo.
Eu – Tom eu amo-te. O meu amor por ti é eterno.
Tom – Não podes afirmar isso.
Eu – Posso, posso sim. Tom. Temos de arriscar. A vida é feita de riscos. Mesmo se o nosso amor acabar, mesmo que não queiramos, nós seremos sempre irmão. Seremos sempre a parte um do outro. Dois seres completamente idênticos, mas ao mesmo tempo completamente diferentes. O meu amor por ti é eterno. Seja paixão ou um simples amor de irmãos, mas é eterno.
As lágrimas que agora lhe escorriam pelo rosto eram lágrimas de alegria.
Ele agarrou-me a cintura, puxando-me para si e deitando-se completamente no chão.
As nossas respirações cruzaram-se, os lábios colaram-se, as línguas tocaram-se e um beijo carregado de saudade e desespero nasceu.
Tom – Bill perdoa-me. – murmurou sem interromper o beijo. – Por tudo.
Eu – Apesar de tudo eu sinto que no fundo não há nada para perdoar.
Tom – Amo-te. – sorriu.
Eu – Também te amo. – sorri de igual modo. – E aconteça o que acontecer, eu serei para sempre teu.
Fim