Hello again! ^^
Grrr... se eu não postar agora vou explodir >.<
Sinceramente gosto muito desta One Shot, mas não sei porquê tou um pouco insegura em relação a ela :$
Bem... vamos lá ver o que é que vocês vão achar :x
Eu agora vou passar a fazer "cabeçalhos" para as One Shots, mas alguns vão ser feitos pela minha maninha mais querida +.+ (quem quiser pode lhe pedir ^^)
Atenção: este cabeçalho não fui bem eu que fiz. A montagem já táva feita eu só acrescentei o titulo da O.S e a cor que está em redor da imagem (era só para avisar u.u).
Vamos lá ver o que é que vocês acham disto ».«
Kiss...
P.S.: o que está a verde seco são lembranças do Bill
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Género: romance, angustia
Aviso: Se és homofóbico/a não leias ^^'
Sempre te amei
Ele beijou-me! Estávamos apenas a conversar e a passear à beira-mar, quando assim do nada, ele parou à minha frente e me beijou sem cerimónias.
Ainda me lembro das coisas horríveis que lhe disse depois disso…
Eu – Strify! – Afastei-o de mim com um empurrão pouco violento. – O que…? Porque…? Mas…! – A minha mente parecia ainda não estar a raciocinar direito, e o meu cérebro tentava rapidamente processar toda a informação.
Strify – Bill, eu… - Tentou explicar.
Eu – Tu és capaz de me explicar o que raio acabou de se passar aqui? – Finalmente consegui formar uma pergunta.
Strify – Por favor Bill, perdoa-me! Eu não aguentei mais. Eu amo-te! – A sua voz era tomada pelo desespero e o seu olhar suplicava por perdão.
Eu – Tu… tu o quê!? – Eu estava totalmente chocado. Os meus olhos estavam esbugalhados e a minha boca abriu e fechou, logo asseguir, como seu eu fosse um peixe fora de água. – Não, não pode…! – Tentei crer. – Tu és o meu melhor amigo… eu…! – Olhei-o. – Isto só pode ser uma brincadeira! Tu estás a brincar comigo, não estás? – Ri-me sem graça.
Strify – Tu achas que se eu quisesse brincar contigo chegava ao ponto de te beijar? – Vi nos seus olhos que aquilo não era, de maneira nenhuma, uma brincadeira. – Não sei como aconteceu, mas eu simplesmente apaixonei-me por ti!
Eu – Mas isto não faz sentido! – Gritei. – Isto… - Encarei-o olhos nos olhos. – Isto é nojento! – Cuspi aquelas palavras sem ter a plena consciência do que estava a dizer. – É nojento. – Repeti.
Momentaneamente os seus olhos, normalmente esverdeados, perderam a sua cor, ficando tão negros como uma noite sem estrelas. O seu olhar ficou perdido, desiludido, desorientado, triste… e começou a recuar, até que acabou por me virar as costas.
Strify – Peço desculpa por não conseguir mandar nos meus sentimentos. – Falou num tom forçadamente calmo. – Se quiseres podes esquecer que eu existo. – Os seus ombros começaram a tremer; ele estava a chorar! – Pois eu tentarei fazer o mesmo. – Depois ele apenas desatou a correr para longe de mim e da minha vista.
E eu ainda fiquei ali. Especado a olhar o nada. Confusão, tristeza, aflição, angustia, arrependimento e mal-estar eram apenas alguns dos muitos sentimentos que começaram a tomar conta da minha mente e do meu coração. E o meu peito começou a doer-me.
Fui estúpido! Julguei-o e magoei-o profundamente.
Não pensei nas consequências que as minhas palavras poderiam provocar. E não me dei ao trabalho de pensar primeiro no que ele, e no que eu próprio sentia.
Passou uma semana depois desse dia, e eu passei-a fechado em casa. Não queria sair para enfrentar o mundo. Cada vez que o fazia forçadamente, procurava não chamar a atenção de ninguém. Porque cada vez que alguém olhava para mim era como se o olhar fosse de acusação. E por vezes dava a sensação de que toda a gente sabia da maldade suprema que eu tinha cometido, para com o meu melhor amigo.
Eu – Mãe, vou sair. – Anunciei, e saí de casa sem paciência de dar quaisquer explicações à minha progenitora sobre onde ia.
Enquanto caminho, para onde os meus pés me guiam penso e lembro-me do que o meu gémeo me disse, quando eu lhe contei o ocorrido, três dias depois.
Tom – Não estou espantado por isso. – Confessou. – Dava para ver à distância que ele gosta de ti mais do que um simples melhor amigo. – Afagou-me os cabelos, abraçando-me mais fortemente. – Se não sentes por ele o mesmo que ele sente por ti, e não queres perder a sua amizade, então fala com ele e sê sincero, não só com ele mas também contigo mesmo. Diz-lhe o que te vai na alma e se ele quiser falar escuta-o com atenção. - Afastou-me ligeiramente do seu corpo e olhou-me com um sorriso delineado nos lábios. – Tu não és homofóbico Bill, nunca o foste. Penso que a tua reacção tenha sido completamente normal. – Colocou uma madeixa do meu cabelo atrás da minha orelha esquerda, com a sua mão direita. – Mas antes de ires falar com ele pensa bem no que realmente sentes e no que vais dizer. Deixa-te guiar pelos teus instintos e deixa que o teu coração comande os teus actos. – Ergueu-me o queixo obrigando-me a olhá-lo nos olhos. – Tu sabes que eu estou a teu lado, independentemente de qual seja a tua decisão. – Beijou-me a testa e afastou-se até à porta do quarto. – Pensa nisso. E lembra-te, o mais importante é que sejas sincero contigo mesmo. – Dito isto saiu.
Depois de muito pensar cheguei à conclusão de que o meu irmão sempre teve razão naquilo que dizia.
A reacção que eu tive foi momentânea, eu nem sequer pensei naquilo que estava a dizer e a fazer. Simplesmente deixei as palavras escaparem da minha boca sem qualquer impedimento.
Gostava de poder voltar atrás. Gostava de poder remediar tudo o que disse.
Aquele beijo também foi correspondido por mim. E eu senti algo nele e não tenho vergonha de o admitir.
Tenho de falar com ele e dizer-lhe tudo o que me vai na alma. Tenho de lhe confessar que também o amo, e pedir desculpa por ter demorado tanto tempo a perceber isso.
Eu não sou gay! E não me sinto como tal. Pois eu não me sinto atraído por mais nenhum rapaz, por mais “bom” que ele seja. Eu só o quero a ele. E a mais ninguém.
No meio de tantos pensamentos é então que me dou conta do sítio para onde os meus pés me trouxeram. A praia! Aquela mesma praia, aquele mesmo local.
Caminho até à beira-mar e é então que vejo roupas caídas na areia, formando um pequeno monte.
Quando olho em frente vejo um ser apenas em boxers a nadar por cima das ondas, mergulhando com naturalidade. É então que, depois de um mergulho, ele vem à superfície e olha na minha direcção. Os seus cabelos loiros, molhados, esvoaceiam com o vento. Os seus olhos esverdeados penetram nos meus com intensidade. As ondas batem no seu corpo atlético, mas ele não se mexe. E as gotas de água que vejo a escorrerem pelo seu corpo dão-me ânsia de tocá-lo.
Sem me aperceber, quando me dou conta as minhas roupas começam também a formar um pequeno monte na areia, até que acabo por ficar igual a ele.
Os meus pés começam a encaminhar-se, puxando o meu corpo, para dentro de água. Fazendo-me ir na sua direcção.
Consigo notar a água fria que luta para me congelar a pele, mas eu não ligo. Começo a aproximar-me do seu corpo sem qualquer hesitação até que paro a centímetros de distância de si. Os meus olhos brilham como duas estrelas cintilantes e o meu coração bate cada vez mais rápido como se quisesse soltar-se do meu peito.
O seu olhar é de confusão e receio, algo que eu compreendo perfeitamente.
Baixo o olhar e um sorriso tímido apodera-se dos meus lábios, o que parece lhe transmitir confiança. Ele aproxima-se de mim, acabando com a pouca distância que outrora nos separava, e eleva-me o queixo, fazendo-me olhá-lo nos olhos novamente.
Não são precisas palavras. Ele sabe o que eu lhe quero dizer, ele lê isso nos meus olhos. À excepção do meu gémeo ele é o único que me conhece como ninguém.
A iniciativa é tomada por mim no momento em que eu rodeio o seu pescoço com os meus braços e o puxo para mim, unindo os nossos lábios num só. É então que as nossas línguas começam a travar uma luta intensa. A saudade e a paixão são os sentimentos que mais predominam neste beijo. E se alguém estiver a ver não importa, neste momento somos só eu e ele que existimos, mais ninguém.
Ele agarra-me pela cintura e puxa-me ainda mais para si, até que de repente perdemos o equilíbrio e acabamos por mergulhar os dois na água gelada. Largamo-nos e quando voltamos à superfície começamos a rir alegremente, e neste momento parece que tudo o que aconteceu à uma semana atrás foi apenas um mero pesadelo e que não foi real.
Até que ele volta a agarrar-me e une os nossos lábios novamente, em mais um beijo apaixonante, ao qual eu correspondo com volúpia.
Strify – Eu sabia que também me amavas. – Disse finalmente, com um sorriso a iluminar-lhe o rosto.
Eu – Perdoa-me por te ter feito sofrer. – Passei levemente a minha mão direita no seu rosto. – Eu sempre te amei, só não me tinha dado conta disso.
Strify – E o preconceito? – Os seus olhos escureceram por momentos.
Eu – Isso é uma coisa com a qual nós vamos ter de lidar. – Constatei. – Mas não é por causa disso que nós não vamos ficar juntos. Eu não ligo ao que os outros pensam, a única coisa que me interessa é o que tu pensas.
Ele sorriu e os seus olhos voltaram a brilhar. Beijou-me. E eu sabia que aquele beijo marcaria uma nova Era. A Era mais importante de toda a minha vida.
Fim